sexta-feira, 15 de dezembro de 2006

com licença, menina,
mas o que a gente faz
o que se faz
com a fineza do tempo
sem a pureza dos dias?
como se mata deus
qual napoleão escondido
entre mármores e mármores?
como se espanta a solidão, menina,
como se cria um sentido?
como inventaram tudo aquilo?

como se recebe um presente
um livro em capa verde
uma fotografia na parede
abraços e o princípio de tudo?
como se recebe?
menina,
como é mesmo
aquela sinceridade bonita?
como são as descobertas
de um verso
de atravessar ruas
e encontrar esquinas?
como era mesmo, menina?

como pode ser tão raso?
como o chão nos convida?
como é seguir em paz, menina?
como tudo acaba?
como é lá fora?
como se inventa o diabo
qual luis XIV há tantos séculos?

como se faz uma fotografia?

como eles chegaram aqui?
como vieram tantos?
como se apaga um cigarro?
como se crê, menina?

como se aprende
a dureza de aprender
como se pergunta
sem maiores fins ou maldades
como se esquecem
as noites e demais segredos
como se convida
para dançar
como se começa
como se esclarece
e se quebra um ritmo
como se vai à itália
com que barco
sem qual prerrogativa?

18 comentários:

mario elva disse...

tantas tantas tantas perguntas, minha amiga. Que desespero.

mario elva disse...

As peguntas continuam me assombrando.

Anônimo disse...

Está na hora de eliminar as perguntas e partir pro concreto, então!
A vida cheia de muitas perguntas leva a outras perguntas, e outras e outras! Não que seja ruim, mas cansa! Não é mesmo? Ao menos se vc tivesse resposta para algumas... espero que as encontre e logo-logo!
Beijos

no hay otros paraísos que los paraísos perdidos. disse...

não são minhas as perguntas. são do eu-lírico.

mario elva disse...

Nós, os que vagam na sombra, sem nem mesmo uma torta de limão para desassombrar nossos lábios, ajoelhados rogamos: Mais perguntas.

mario elva disse...

Eu acho que vi o eu-lírico na fila do show da Ivete Sangalo.

salix disse...

ser questionista pode ser lindo num dia assim ensolarado e cinza

:*

Anônimo disse...

O eu-lírico é você!
E tenho dito!!!
:)
Beijinhos

no hay otros paraísos que los paraísos perdidos. disse...

não é, mãe.
o poeta é um fingirdor.
:)

Anônimo disse...

e você, Medo?
e o Medo?


como que anda esse medo...


to louca, amiga, tomei smirnoff

;o*

Anônimo disse...

O poeta é um fingidor! Finge que não é nada com ele!!!
hahahahahahaha...
:)
Beijinhos, filhota!
Ah, te amo, viu? Sinto sua falta... mesmo dos momentos "tensos".

no hay otros paraísos que los paraísos perdidos. disse...

hahahahahahaha
mami me barrou na resposta.

luv u 2.
:*

no hay otros paraísos que los paraísos perdidos. disse...

atentem para o 'fingirdor'. acho analogia.

e das boas.

Anônimo disse...

Muito bonita!!!!!

Anônimo disse...

Hoje aconteceu um fato que, em se tratando da academia, foi histórico: sua tradução do resumo para inglês (tese de doutorado da minha amiga)foi elogiada! Nunca havia ouvido tal cousa numa defesa de tese!!!
Fiquei feliz ...
:)

no hay otros paraísos que los paraísos perdidos. disse...

arrasei!

salix disse...

:~ q cousa!

salix disse...

ô ana, me ocorreu uma duvida agora: se o nosso h, em portugales ne, é mudo, p q a gente expressa risada (som de ra ra ra ra ra) como hahahhaha?