era a mesma situação de barbacena; mas a vida, meu rico senhor, compõe-se rigorosamente de quatro ou cinco situações, que as circunstâncias variam e multiplicam aos olhos.
fossem assim os olhos escondidos
e tantas coisas escondidas nos olhos!
anoitece na cidade
os vãos pensamentos
os medos
são pequenas rimas
e a vida se repete
presa em instantes iguais
a pequena vida
à porta do quarto
a vida enorme
fora das horas tardias
suspira.
que tudo é rima
tudo é repetição
aliteração dissonância
métrica em desarmonia
anda-se solitário
alimenta-se solitário
as horas, as vemos sós
a sós
que tudo é vida
nada se produz
e morte
que até as rimas,
deus
até as rimas
meu rico senhor,
compõe-te
rigorosamente
que as quatro ou cinco
situações, as mesmas
variam
e os olhos se multiplicam
mas a vida,
quarta-feira, 17 de janeiro de 2007
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9 comentários:
As coisas escondidas nos olhos.Tudo é repetição. Até as rimas...meu deus...
discorra sobre a mulher de verdade :P
:*
"Mas a vida" me lembrou de "Mais há vida". A Clarice de sempre. E não esqueça do Caio que espera ansiosamente para ser conhecido por você.
"Mas há a vida
que é para ser
intensamente vivida
há o amor
que tem que ser vivido
até a última gota
sem nenhum medo
não mata."
Beijos, irmãzona, e saudades como sempre.
B.
pois é, eu falei isso e logo depois li o machado achando a mesma coisa em quincas borba.
me senti inteligentinha.
:~
acho tendência ter conversa filosófica fazendo esteira na academia.
Só para registrar meu assombro diante da repetição, vc sabe, eu falei com você.
Pô, espetáculo teu blog... vou voltar com mais calma, pela exaustão de uma semana horrível de trabalho fui direto pras tuas "resoluções de ano novo" e gostei muito, muito, muito. Voltarei!
arrasa.
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