e demais sensações pequenas
falavas falavas
de mais a mais,
os passos e
nada menos
que os passos.
aonde iríamos?
bateste à porta, ainda ofegante
ainda sem a possível leitura
dos possíveis momentos que
a duras penas celebraste.
mas duramos.
encontramo-nos às cinco da tarde
e pensamos em tempo mensurável
pensamos na inutilidade da vida
na discórdia e no medo
de entregar-se
nos detalhes e detalhes
e falavas
(nunca termina
como se ficássemos sentados
nos bancos das cidades
distraídos, mas a ver
a comoção das palavras
entre fumaças e cigarros
entre as sílabas que jamais identificamos
como sílabas
como a própria vida
passando do outro lado da rua
realizando-se para além
de nossas casas
como a própria vida
inútil vida inútil paisagem
tanto mar tanta estrada
e nós aqui
como a própria vida
e toda a ânsia de fugir
como as nossas aspas
para a irresponsabilidade
de citar o que não é nosso)
como a própria vida
perdemos o ritmo
e o sentido
entendemos alguns segundos
e ignoramos a maior parte deles
sem saber de paz e lar
sem experimentar as forças
e o máximo que podemos fazer
escrevemos sem um fim
atordoamo-nos com as poucas medidas
e angústia e mais angústia
quando morre o tempo
e frio
procuramos mais que tudo
e cremos em vão
(não toda obra
mas quase toda
será assim, tão decisiva
será assim, tão avassaladora
não será de forma alguma
construtiva)
4 comentários:
arrisquei a poetisa no meu blog.
saudades, irmãzona.
love,
b.
always giving parties to cover the silence!voce foi muito na ultima semana....ms dalloway
e da proxima vezzzz vá dublar o ego da sua vó!
eu AMO vir ler suas coisas pq saum taum minhas coisas as suas! :* vc escreve divinamente :~ qd eu crescer eu fico assim
pena q a gente more longe :/ e aryzaum ja tenha arrefecido o tesaum por mim NAkUSNEKSUREHSER
Acho que dessa vez vc disse tanto que já não há o que dizer...
Postar um comentário