terça-feira, 2 de janeiro de 2007

quando formos embora
quando finalmente formos embora
e as folhas ao chão, todas elas
os ventos de direção certa
todas as esquinas repetidas
e palavras
os recorrentes erros
as demais estradas
o meu cabelo novo
e o teu impasse
as chaves e as cartas lidas no chão
como folhas
a canção ouvida sem espaço
para canções
e as viagens e idas
as viagens e vindas
teus sorrisos por detrás de portas
meus cigarros e a dor das promessas
alguns deles arriscando ser
o que já fomos
tuas imagens e teus olhos nelas
as imagens do que pretendemos
e o nosso sem-número de pretensões
meus poemas bobos
tuas não-leituras
e as coisas de que te orgulhas
(as coisas de que te orgulhas)
minhas perdas de tempo
tão únicas
a falta de sentido
de tudo que digo
as entregas nulas

quando nos formos

3 comentários:

Anônimo disse...

comentario tristemente dito. prepare-se para vários.

beijo, querida.
pirs.

mario elva disse...

Tu não lês mais o meu, mas eu lerei o seu mais até, de pirraça. De cada poema seu eu arranco um pedaço e mastigo demoradamente, tu sabes, tu sabes. "As imagens e teus olhos nelas" eu sabia disso, mas eu precisava que você dissesse. Essas malditas imagens nos roubando os olhos.

Anônimo disse...

what can i tell you? :~~~

qd nos formos e manaus se incendiar
espero q nada mais nasça lá